cidadespossíveis

 

Referência basilar nas escolas de arquitetura e urbanismo, Françoise Choay defendeu o caráter pioneiro do pensamento de John Ruskin, Camillo Sitte e Gustavo GIovannoni na construção da ideia de patrimônio urbano, desde seus primeiros escritos e sobretudo de forma sistemática a partir dos anos 1990, com a publicação da obra A Alegoria do Patrimônio. Ao associar as teorias do urbanismo às do patrimônio, Choay expôs o vínculo íntimo que se observa entre a constituição da disciplina do urbanismo e as primeiras ideias de preservação dos tecidos urbanos tradicionais. Como a autora constrói esse entendimento e que relações aproximam os três autores e Choay? Pretende-se aqui compreender em maior profundidade e colocar em perspectiva histórica as formulações da autora sobre o patrimônio urbano a partir da discussão cruzada entre seus escritos, dos autores por ela citados e de seus comentadores. Passados mais cem de anos do surgimento das ideias dessa primeira geração de teóricos e ainda que exista consenso sobre a indissociabilidade entre planejamento e patrimônio urbanos, a prática corrente de preservação nas cidades brasileiras diverge, justificando estudos retrospectivos.

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Projeto de pesquisa de pós-doutorado submetido ao PPG-FAU-UNB, com início em abril de 2022