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pesquisas em andamento
mestrado

Símbolo e Narrativa:
Ciclos da Participação na Política Urbana do Brasil, 2003-2022

mestrado
2021 [em andamento]

estudante
Lauren Cavalheiro da Costa
orientador : Carlos Henrique de Lima

Nesta dissertação propõe-se apresentar uma reflexão sobre desafios relacionados à
implementação da participação social na política urbana brasileira. Para isso apresenta-se uma
narrativa da história do Conselho da Cidade, estrutura criada pelo governo federal, com a função
de implementar a gestão democrática da política urbana. A pesquisa percorre diferentes
momentos dessa experiência: do desenho institucional desse espaço de diálogo, sua
implementação, sua extinção, até momento presente, em que o atual governo eleito prepara a
sua volta. Embora o país tenha experimentado avanços na gestão compartilhada da política
urbana, o modelo construído viveu um final de ciclo, estando agora em momento de aguardada
reinvenção. Esse retorno, porém, ocorre em um contexto social e político de ataque a
democracia. Para além de compreender a estrutura e o desenho institucional do Conselho das
Cidades, seus alcances, limites e suas contribuições para a experiência da participação social
na construção da política urbana, o foco da dissertação está em historiar o impacto que
diferentes movimentos políticos e sociais, em diferentes momentos históricos, tiveram sobre
essa estrutura de diálogo e consequentemente, sobre a participação social na política urbana.
Espera-se que através da compreensão dos diferentes ciclos vividos pelo ConCidades, ciclos
relacionados também aos da própria política urbana, o trabalho possa trazer reflexões sobre a
experiência da participação no governo federal e contribuir com pesquisas relacionadas ao
ordenamento jurídico-político da atuação institucional, das relações entre atrizes e atores
federais e movimentos organizados, ou não, da sociedade civil, de base popular ou heterogênea

A Brasília Ecumênica: Do Sonho do Sacerdote aos Terreiros de Umbanda

mestrado
2022 [em andamento]

estudante
Flávio Pereira Alcântara de Souza
orientadora : Elane Ribeiro Peixoto

Esta pesquisa analisa as relações estabelecidas entre os terreiros de Umbanda (espaços e culto) com a cidade de Brasília, afim de entender a dinâmica socioespacial, a permanência e seus afastamentos das áreas centrais, considerando o recorte temporal entre as décadas de 1960 a 1990, quando se identifica o primeiro e o último registro de lotes institucionais destinados a atividades religiosas em posse desses terreiros. O ponto de partida é o plano piloto de Lucio Costa no qual estão indicadas as áreas para implantação de igrejas e templos religiosos e a visibilidade dos espaços e da religião de Umbanda reconhecida nas representações noticiadas no jornal Correio Braziliense do mesmo período. Esta dissertação realiza uma leitura histórica com o intuito de apreender as razões do distanciamento desses lugares sagrados do centro tombado da cidade. Estrutura-se em três capítulos, o primeiro, Quem vem lá?, recupera elementos políticos e institucionais que marcaram o percurso que culminou com a transferência da capital, discute a associação simbólica entre o mito fundador de Dom Bosco e o momento histórico da construção e trata da força e representatividade da Igreja Católica na ocupação dos espaços religiosos da cidade em contraste com os espaços ocupados pelos terreiros de Umbanda. Para além dos muros aborda as origens da religião de Umbanda e o ambiente político no qual foi fundada, analisa a representatividade do culto, da cultura e dos espaços de Umbanda em Brasília a partir do jornal Correio Braziliense e questiona se essa narrativa construída se confirma no plano físico da cidade. De volta ao quintal demonstra o apagamento da religião e dos espaços de Umbanda no noticiário local inaugurando manchetes onde os ataques aos povos de terreiro, para além do verbal, atingem seus lugares de existência e resistência na cidade.

Da Vila IAPI para Ceilândia, Remoções e Despejos: Abordagens para um Planejamento Urbano Antirracista

mestrado
2024 [em andamento]

estudante
Júlia Tássila Pinto Rodrigues
orientador : Carlos Henrique de Lima

 

Este estudo se propõe como um leitura do binômio modernidade-colonialidade a partir de uma perspectiva racial. O foco empírico de abordagem são os planos e ações de remoção e despejo promovidas pelo governo do Distrito Federal, considerando a participação de outros agentes, para desmobilizar a ocupação da Vila IAPI. Busca-se compreender a lógica e motivações, explícitas e ocultas, que levaram às decisões de caráter segregacionista tomadas na época e cujos efeitos ainda se manifestam na dinâmica metropolitana da capital. Para melhor entender as razões, importa aprofundar no processo de formação desta ocupação e na caracterização da população que habitava a região, compreendendo os costumes e vivências estabelecidas no local, que na época era a Vila IAPI.

Com registros que indicam sua estruturação em 1962 e dissolução em 1971, através das Campanhas de Erradicação de Invasões originando Ceilândia, o estudo se limitará a este recorte temporal. Parte-se do pressuposto que a Vila IAPI, no caso de Brasília, é paradigma de uma estrutura de planejamento e desenvolvimento urbano. Assim, importa  reunir e analisar o maior número possível de arquivos sobre a região. Desde matérias em jornais, mapas, leis e decretos, especialmente as publicações oficiais, até fotos, registros empíricos e relatos orais. Cabe, em segunda análise, confrontar a narrativa promovida pelo governo e endossada por agentes que se beneficiaram desta, como arquitetos e urbanistas envolvidos no projeto, com outras histórias contadas por personagens menos notórios, a fim de expor um ponto de vista paralelo ao hegemônico.

Espera-se com este estudo crítico sobre a Vila IAPI, colaborar na compreensão das questões raciais envolvidas no projeto de Brasília, com a pretensão final de contribuir com o campo analítico e empírico que aspira a um planejamento urbano antirracista.

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