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pesquisas concluídas
coletivas

Mobiliário Moderno da UnB como Patrimônio: o Legado de Sergio Rodrigues

equipe
José Airton da Costa Junior (coord.)
Elane Ribeiro Peixoto


vigência

2021 - 2022

financiamento
Governo do Distrito Federal
Edital do Fundo de Apoio à Cultura (FAC)


publicações
      livro  |  Sergio Rodrigues e o Mobiliário...

Projeto de pesquisa contemplado no Edital n°17/2018 - FAC - Áreas Culturais - na área de Patrimônio. O projeto teve como objetivo reconhecer e identificar os móveis projetados por Sergio Rodrigues entre as décadas de 1960 e 1970 que fazem parte do mobiliário do Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB).

 

Para tanto foram realizadas as seguintes atividades:

1- Realização de revisão bibliográfica sobre o tema da pesquisa;

2- Localização, levantamento fotográfico e catalogação do mobiliário desenhado por Sergio Rodrigues para a UnB;

3- Curadoria e Realização de exposição no Museu de Arte Moderna de Brasília - MAB, com o resultado da pesquisa;

4- publicação de um livro/catálogo da exposição com o resultado da pesquisa, fotos e histórico de cada móvel.

Arquitetura e Urbanismo em Colaborações Acadêmicas transnacionais

equipe
Leandro de Sousa Cruz (coord.)
Edmo Nunes Oliveira Cabral
Isabela Ramos de Oliveira
Ivie Martins de Oliveira

vigência
2021 - 2022

financiamento
Universidade de Brasília - bolsa
Edital do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC (CNPq) 2021/2022

conexões

Congresso de Iniciação Científica da UnB

Isabela Oliveira

Edmo Cabral

Nos campos da Arquitetura, Urbanismo e do Planejamento, debates sobre a origem e a atualidade do campus universitário moderno vêm adquirindo centralidade. Seja por sua importância estratégica, em geral localizada em áreas valorizadas do tecido urbano, seja como potencial catalisador de novos investimentos para áreas de expansão urbana, a Universidade vem sendo reconhecida como modelo de ocupação do território, capaz de representar aspirações cívicas, impulsionar o desenvolvimento e regeneração urbanos. Se a Pandemia do Coronavírus, por um lado, representou uma ameaça à relevância dos campi, a instituição universitária confirmou seu indispensável papel de formação profissional, de investigação científica e de legitimidade para a constituição de um amplo debate na esfera pública.

 

A pesquisa teve como objeto central um conjunto de casos de colaboração entre universidades estrangeiras e instituições brasileiras, que resultaram em atividades de pesquisa aplicada, ensino, projeto, oficinas ou consultoria nos campos do Urbanismo e do Planejamento. Busca-se ampliar um debate iniciado em pesquisa anterior, em que foram analisadas atividades de três grandes universidades globais no Brasil, para construir agora um panorama mais amplo da internacionalização da educação superior e como esta condição se apresenta nas práticas e na formação de discursos sobre o urbanismo contemporâneo, em escala transnacional.

 

Os objetivos específicos da pesquisa foram desenvolvidos a partir de projetos aprovados no Edital do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC (CNPq) 2021/2022. Os trabalhos dos bolsistas levaram a uma reflexão crítica sobre o papel dos ranqueamentos das universidades globais, bem como a uma discussão sobre o trânsito de ideias nos campos do Urbanismo, Planejamento e Paisagismo.

referências principais

ACSELRAD, Henri (org.). Políticas territoriais, empresas e comunidades: o neoextrativismo e a gestão empresarial do “social”. Rio de Janeiro: Garamond, 2018.

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BOLTANSKI, Luc; CHIAPELLO, Ève. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

FERNANDES, Ana. Decifra-me ou te devoro: urbanismo corporativo, cidade fragmento e dilemas da prática do Urbanismo no Brasil. In: GONZALES, Suely; FRANCISCONI, Jorge; PAVIANI, Aldo (org.). Planejamento & Urbanismo na atualidade brasileira: objeto, teoria, prática. São Paulo; Rio de Janeiro: Expressão. p. 83-107.

ARBOLEDA, Martín. Planetary mine: territories of extraction under late capitalism. Londres: Verso, 2020.

ALTBACH, Philip; SALMI, Jamil (ed.). The road to academic excellence: the making of World-Class Research Universities. Washington: The International Bank for Reconstruction and Development; The World Bank, 2011.

BRENNER, Neil. Espaços da urbanização: o urbano a partir da Teoria Crítica. Rio de Janeiro: Letra Capital; Observatório das Metrópoles, 2018

CRUZ, Leandro de Sousa. Universidades por Projeto: três universidades globais no campo do Urbanismo no Brasil (2008-2019). 2020. 217 f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAU-UnB. Brasília, 2020.

KERR, Clark. Os usos da universidade. 15. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2005. (Série Universidade em Questão, 3).

MAIA, João Marcelo Ehlert; PINHEIRO, Claudia Costa; HOLLANDA, Bernardo Buarque; BOMENY, Helena (org.). Ateliê do pensamento social: ideias em perspectiva global. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2014.

MARTINS, Carlos Benedito. Notas sobre a formação de um sistema transnacional de Ensino Superior. Caderno CRH, Salvador, v. 28, n. 74, p. 291-308, mai./ago. 2015.

MARTINS, Carlos Benedito. Adeus, Humboldt?. Folha de São Paulo, São Paulo, Ilustríssima, p. 4-5, 19 ago. 2018. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2018/08/universidade-nao-pode-virar-refem-de-pautas-politicas-diz-sociologo.shtml>. Acesso em: 21 mai. 2021.

MELHUIS, Clare. Case studies in university-led urban regeneration. Londres: urbanlab; UCL Estates; UCL, September 2015.

NICOLIN, Pierluigi (ed.). Politics of the Campus. Lotus International, Milão, n. 165, 2018.

SHIN, Jung Cheol; KEHM, Barbara M. (ed.). Institutionalization of World-Class University in global competition. Dordrecht: Springer, 2013.

SOUSA SANTOS, Boaventura de. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. São Paulo: Autêntica, 2019.

TONETTI, Ana Carolina; NOBRE, Ligia V.; MARIOTTI, Gilberto; BAROSSI, Joana (ed.). Contracondutas: ação político-pedagógica = Counter-conducts: political-pedagogical action. São Paulo: Editora da Cidade, 2017.

Biopolíticas do Urbanismo

equipe
Carlos Henrique Magalhães de Lima (coord.)
Andressa Melo
Raquel Araújo Freire
Muhhamad Braga Bazila
Áureo Rosa

 

O objetivo da pesquisa é reunir e analisar fenômenos em metrópoles brasileiras relacionadas ao termo biopolíticas. Desenvolvemos reflexões focalizando as relações de poder no espaço urbano e como interferem sobre a vida de diferentes populações - sobretudo grupos vulneráveis - em dimensões concretas e simbólicas. Reflete-se sobre políticas urbanas, práticas arquitetônicas e urbanísticas que implicam em controle e distribuição de pessoas nos espaços, produzindo separação e exclusão. Portanto, questões étnico-raciais - interseccionadas à outras expressões minoritárias - adquirem fundamental importância. Nossa crítica é dirigida não apenas aos fenômenos contemporâneos, mas abarcando também a investigação por meio de arquivos, fontes e narrativas. Do ponto de vista teórico, visa compreender formulações elaboradas em diferentes contextos diante das formas de controle presentes na arquitetura e urbanismo modernos. Espacialmente, concentramos nosso interesse nas práticas arquitetônicas e urbanísticas nas metrópoles brasileiras. Dentre os temas pertinentes à esta investigação ressalta-se: o campo teórico a respeito das relações raciais no espaço urbano; aspectos históricos da segregação étnico-racial da cidade moderna no Brasil; relações raciais e espaços urbanos; racismo, gênero e suas implicações nas dinâmicas de sociabilidade, cultura negra, formas de coletivização e (re)existências; cidade e ativismo.

Lugares de Viver: Reconhecendo Patrimônios Culturais

equipe
Elane Ribeiro Peixoto (coord).
Alana Silva Waldvogel
Ana Clara Giannecchini
Julia Mazzutti Bastian Solé
Vitoria Maria Belo do Amaral

 

Esta pesquisa foi parte de "Cotidianos Escolares e Dinâmicas Metropolitanas da Capital do Brasil", atividade coordenada pela profa. Elane Peixoto e que envolveu dois laboratórios de pesquisa da Universidade de Brasília - LabeUrbe e LAVIVER - vinculados, respectivamente, aos Programas de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo e em Antropologia. Objetivou-se compreender o patrimônio cultural para além de uma noção institucionalizada, problematizando-a a partir de dois focos: o primeiro, mais abrangente, a partir de políticas institucionais sobre preservação e conservação do patrimônio cultural; o segundo, com foco localizado especificamente em Ceilândia, entrevendo a cidade a partir da perspectiva de jovens estudantes do ensino fundamental. Como parte da pesquisa Cotidianos Escolares, esta pesquisa promoveu integração com o professor Alan Mabin do Centre for the Advancement of Scholarship at the University of Pretoria.

Arquitetura Moderna em Brasília: Procedimentos, Produção Material e Expressão Plástica

equipe
Carlos Henrique Magalhães de Lima (coord.)
Caio César Costa
Tamara Alves Barbosa Neres
Vanessa C. Cardoso
Felipe Miranda Rodrigues
Izabela Brettas Batista

financiamento
Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal
Universidade de Brasília

Pesquisa dedicada ao estudo da arquitetura do movimento moderno em Brasília considerando os procedimentos arquitetônicos (decisões plásticas e construtivas); as relações de produção implicadas na realização de projetos e obras e seus resultados formais. A pesquisa está orientada a produzir trabalhos a respeito das primeiras décadas da produção arquitetônica na capital federal, refletindo ainda sobre repercussões em territórios ao norte e nordeste do Brasil central. Metodologicamente, a pesquisa se desenvolve a partir de fontes documentais com o intuito de organizar os desenhos e projetos obtidos junto a acervos públicos e particulares. Por meio do redesenho com auxílio de plataformas CAD, o que se propõe é identificar e possivelmente recuperar informações perdidas ou deterioradas para em seguida padronizar produtos gráficos com vistas a divulgação.Já foram objeto de pesquisa a parte de obra de Oscar Niemeyer - com foco no envolvimento entre profissionais no canteiro de obras; a trajetória profissional de Milton Ramos; a produção aquitetônica de Frank Svensson como profissional liberal, professor universitário e arquiteto da SUDENE.

Uma Abordagem do Patrimônio Cultural para Crianças

equipe
Elane Ribeiro Peixoto (coord.)

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“Uma abordagem do patrimônio cultural para crianças” é uma ação de extensão/pesquisa desenvolvida pelo Coletivo Ninhos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/UnB) e a Escola Classe Aspalha, no núcleo Rural Córrego do Palha.  Entre 2017 e 2019, a ação/pesquisa promoveu discussões sobre Patrimônio Cultural, tendo por tema Brasília em sua escala metropolitana. O Coletivo Ninhos reúne três professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo interessados em levar o tema “Brasília Metropolitana” para o ensino fundamental. Carlos Henrique Magalhães de Lima, Carolina Pescatori e Elane Ribeiro Peixoto constituem o núcleo permanente do Ninhos que está sempre aberto para a participação de estudantes em cada pesquisa/extensão proposta pelo coletivo.

 

Para os professores, propusemos seminários com conteúdo sobre história urbana da capital federal e de sua arquitetura e reflexões acerca da dimensão política do conceito de patrimônio cultural. Para os alunos, realizamos visitas guiadas ao Plano Piloto e atividades lúdico-pedagógicas. Visitamos museus, palácios, monumentos, superquadras. E, em paralelo, conhecemos melhor a história da comunidade do Palha.  

A ocupação da região do Córrego Palha data de 1956., englobando três núcleos rurais: Córrego do Jerivá-B, Córrego Tamanduá-B e Córrego do Palha (FIGUEIREDO,  2006). A região acidentada abriga muitas nascentes, sendo sensível, tanto ecológica como socialmente, pois está sujeita às pressões da especulação imobiliária, visível na implantação de condomínios horizontais na vizinhança. A associação e a escola são aguerridas na reivindicação e defesa de suas necessidades.O envolvimento dos professores da Aspalha foi fundamental para o projeto de ação/pesquisa. Eles são os conhecedores do local, tanto no que diz respeito ao espaço físico quanto ao  social, permitindo a construção de conhecimentos entre o Ninho/Universidade e a comunidade escolar.  Conhecedores do cotidiano da sala de aula e de recursos pedagógicos facilitadores do aprendizado, os professores da Aspalha colaboraram sobremaneira para tornar acessível o tema Cidade e Patrimônio para as crianças.  A produção de variado material didático é estimulante, -- exercícios de produção de texto, poemas, caça palavras e desenhos, -- e torna o aprender muito divertido. 

 

Para discutir patrimônio cultural com as crianças da Escola Aspalha, tomamos  conhecimento do que eles haviam estudado sobre o tema. O projeto político pedagógico da escola privilegia uma orientação voltada para as questões ambientais. O desafio, portanto, foi mostrar às crianças o que existe do lado de fora da comunidade, a Capital Federal. O  Plano Piloto tornou-se um centro de interesse. As atividades propostas buscaram introduzir, por meio de jogos e outros recursos lúdicos, a história da formação da cidade: quem a construiu, as dificuldades enfrentadas e como a comunidade do Córrego do Palha é parte desta história.  Organizamos passeios, com roteiros pré-determinados, para os quais as crianças eram preparadas por meio de exercícios e brincadeiras, nos quais consideramos a introdução de novas palavras, conteúdos de história e geografia, operações matemáticas, entre outras. A intenção era justapor conteúdos a partir do tema cidade.    

 

Professores e estudantes da Aspalha são parceiros e coautores dos resultados obtidos.  Nossa experiência na Escola Classe Aspalha requer ainda muita discussão e aprimoramento. O trabalho com crianças com idades entre 8 e 10 anos necessita de conhecimentos adquiridos não somente no universo acadêmico, mas na prática cotidiana, construídos com a criatividade dos professores.  Ao avaliar nosso trabalho conjunto, professores da Aspalha, crianças e coletivo Ninhos, acreditamos ter esboçado um caminho para incluir a cidade na atividade escolar como tema merecedor de atenção e esforços, respaldado por nossa esperança de cidades futuras mais justas e bonitas.

Cotidianos Escolares e Dinâmicas Metropolitanas da Capital do Brasil

equipe
Elane Ribeiro Peixoto (coord.)
Adriana Mara Vaz de Oliveira
Maria Fernanda Derntl
Antonádia Monteiro Borges
Cristina Patriota de Moura
Alexandre Jackson Chan Vianna
Alana Waldvogel
Julia Mazzutti Bastian Solé

financiamento
FAP-DF

publicações

livro | Cotidianos Escolares (no prelo)

livro | Um Rolê pela CEI (2020)

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A pesquisa “Cotidianos Escolares e Dinâmicas Metropolitanas da capital do Brasil”, com

financiamento da FAP-DF, tem sido desenvolvida por membros de dois laboratórios de pesquisa da Universidade de Brasília. O LABEURBE (Laboratório de Estudos da Urbe) e o LAVIVER (Laboratório de Vivências e Reflexões Antropológicas: Direitos, Políticas e Estilos de Vida), respectivamente vinculados à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e ao Departamento de Antropologia. LABEURBE e LAVIVER estabeleceram uma colaboração visando a compreender os cotidianos de moradores de diferentes regiões administrativas do DF e os significados desses cotidianos para a configuração metropolitana da Capital Federal. Almejamos, com as trocas iniciadas por meio dessa parceria, alcançar nossos temas de pesquisa de forma mais abrangente, articulando o espaço construído ao espaço vivenciado pelos sujeitos, cujas relações configuram a composição urbana singular de Brasília em seu sentido mais amplo. Concorrendo para esta intenção, combinamos abordagens da antropologia urbana e do urbanismo, sob diversas perspectivas, com foco tanto no tempo presente quanto nos desdobramentos das transformações ocorridas na breve história urbana de Brasília.

Os movimentos entre o Plano Piloto e as diferentes regiões administrativas do DF ou municípios limítrofes de Goiás (e vice-versa), assim como o estudo de localidades que concentram e servem de âncora a atividades e práticas específicas, foram opções feitas para que pudéssemos analisar certas dinâmicas que perfazem a vida em escala metropolitana: envolvendo os fluxos, os trânsitos e os pontos de ancoragem desses movimentos.  Guiados por este entendimento, decidimos por tomar as escolas de ensino fundamental, como os lugares-âncora de nossa pesquisa.  As escolas articulam grupos sociais variados: são professores, funcionários, pais e estudantes a estabelecer os mais diferentes vínculos com a metrópole. Na chamada "comunidade escolar", o deslocar-se da casa para a escola envolve modalidades distintas de   movimentos, compreendendo o caminhar por alguns minutos, o uso de transporte público durante longos ou curtos períodos de tempo ou, ainda, o uso dos carros particulares, que cruzam o espaço urbano com a incrível velocidade de 80km por hora.  Cada uma destas modalidades de movimento resulta em tempos e relações espaciais desiguais com a cidade.

Nossas primeiras atividades de pesquisa, portanto, buscavam evidências que nos auxiliassem a responder às questões formuladas inicialmente: Como definir e entender as dinâmicas da Brasília metropolitana? Que vivências são possíveis entre os fluxos e os suportes espaciais de nossas práticas cotidianas? Que relações afetivas e simbólicas construímos com esta cidade?

Duas equipes se formaram para os estudos de campo, que decidimos por realizar a partir de colaboração com atividades desenvolvidas em dois Centros de Ensino Fundamental, um no Plano Piloto- Asa Sul (CEF2) e o outro, em Ceilândia – Setor Guariroba (CEF19). As escolhas justificam-se por ser o Plano Piloto a referência para o sistema de educação implantado no Distrito Federal, com reverberação decisiva na modulação do espaço, e Ceilândia, cujo plano urbanístico inspira-se no de Lucio Costa, sendo atualmente a maior cidade-satélite da metrópole.

A integração das equipes de trabalho nas escolas-âncoras da pesquisa se deu, em ambos os casos, por meio da disciplina de Artes. A colaboração consolidou-se a partir do tema “cidade e seu patrimônio cultural”, a partir do qual oficinas foram organizadas para que pudéssemos discutir com os participantes suas percepções da cidade.

Durante as oficinas realizadas em ambas as escolas, buscou-se, na medida do possível, apresentar alguns conceitos do urbanismo modernista, com a construção de maquetes, passeios, visitas aos bens culturais do Plano Piloto e de Ceilândia. Os passeios foram os mais apreciados pelos estudantes de ambas as escolas, sempre acolhidos com entusiasmo e como aventura, para alguns, pois significavam oportunidades raras de percorrer a cidade e de escape de agruras da rotina escolar. A produção de diários sobre os deslocamentos de casa para escola, assim como a produção de textos sobre as moradias nos deram, no caso de Ceilândia, acesso às formas de vida e de organização do grupo familiar dos estudantes.  No caso da escola da 107 Sul, desenhos e fotografias foram mais eficazes na produção de narrativas que possibilitassem alcançar as percepções dos meninos e meninas. Enfim, as oficinas e os passeios foram momentos privilegiados para a observação etnográfica, elas propiciaram a intersubjetividade, nos aproximando do entendimento da cidade para além de seu espaço fragmentado, para nela reconhecer as diferentes vivências, os laços afetivos construídos ou não por seus jovens moradores.

Os resultados parciais da pesquisa “Cotidianos Escolares e Dinâmicas Metropolitanas” serão apresentados no livro “Cotidianos, Escolas e Patrimônio: Percepções antropo-urbanísticas da Capital do Brasil”, atualmente no prelo.

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