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Contaminando o Projeto
de Arquitetura e Urbanismo: sobre Metodologias, Teorias e Fazeres

doutorado
2016 - 2021 
Defesa em 11 fev. 2021

estudante
Priscila Erthal Risi
orientadora - Elane Ribeiro Peixoto

publicações

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A pesquisa parte de algumas reflexões e inquietações pedagógicas em salas de aula do curso de Arquitetura e Urbanismo, enquanto docente, que deslizaram para a montagem de um exercício composto por investigações imaginativas e metodológicas - “Projeto de Extensão Casas Coloridas”. Conduzido ao longo do ano de 2019 em uma escola de ensino infantil e fundamental em Brasília, o Casas Coloridas foi pautado por um diálogo com outros campos disciplinares, em especial a Antropologia, buscando compreender a relevância do trabalho de campo a partir da instauração da ideia de contaminação. A contaminação, termo emprestado da Antropologia, foi tomada como hipótese de partida a um modo de trabalho de campo pouco usual a arquitetas e arquitetos, interessado no questionamento ao estatuto da neutralidade e da normatividade aplicada à ideia de desenho e planejamento urbano, a contaminação está na experimentação de métodos híbridos, múltiplos, que não reivindicam a uma visão da prática científica. Mais pensada como uma prática política, ética e estética, são modos de estar em campo e refletir sobre essa ação a partir de outras linguagens, categorias e olhares. A tese acompanha os percursos do Casas Coloridas, sublinhando questões de postura, participação e habilidade de observação e intervenção que vão sendo percebidas, onde a contaminação muda o olhar, as práticas e transforma os sujeitos e os coletivos. Com a ideia de contaminação, tratamos o encontro com a pessoa, com o lugar, com o espaço praticado, de forma recíproca. Desse modo, temos no ensino de Arquitetura e Urbanismo a reivindicação do trabalho de campo enquanto produtor de sentidos para o ensino, com impactos para os estudantes e, certamente, na prática de professores.

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