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Patrimônio Cultural no Plano Diretor do Campus Darcy Ribeiro UnB
equipe eixo patrimônio histórico, artístico e cultural
edital GRE/Infra/DPI nº 0001/2022
docentes
Ana Elisabete de Almeida Medeiros (coord.)
Ana Clara Giannecchini
Flaviana Barreto Lira
Oscar Luís Ferreira
discentes
Maria Clara Barros Machado
Marina Batista Menegassi
Vinícius Costa de Faro Campos
conexões
edital GRE/ Infra/ DPU nº0001/2022
secretaria de infraestrutura da UnB
consulta pública
participe até 16 dez. 2022
notícias sobre o Plano Diretor do CDR
sítio web da UnB
Desde 1991 o reconhecimento do patrimônio cultural do Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB) vem sendo concebido. Nesse ano, o Conselho Universitário aprovou a proposta para delimitação de um perímetro como sítio histórico, que acabou não sendo efetivado. Em maio de 2009 o reitor José Geraldo de Sousa Júnior criou o Sítio Histórico da Universidade de Brasília englobando os edifícios do SG1, SG2, SG4, SG8, SG9, SG10, SG11, SG12, da OCA II, do conjunto da Faculdade de Educação (FE1, FE3 e FE5), da Praça Edson Luís e da quadra esportiva José Maurício Honório Filho. Sucederam-se alguns planos ordenadores do espaço do campus (Cf. SOARES, 2018), sem que tenha sido dada uma atenção particular à condição essencialmente cultural do lugar.
O campus conferiu territorialidade ao projeto inovador de universidade de Darcy Ribeiro. Foi um celeiro de intensa produção intelectual e artística, concebido e construído por nomes como Lúcio Costa, Alcides da Rocha Miranda, Oscar Niemeyer, Sérgio Rodrigues, João Figueiras Lima (Lelé), Glauco Campello, José Galbinsky, Paulo de Melo Zimbres, Miguel Alves Pereira, Matheus Gorovitz, Cláudio Queiroz, Paulo Bicca, Paulo Marcos Paiva de Oliveira, José Zanine Caldas, entre tantos outros.
No campus se efetivou, nos anos 1960, uma das primeiras experiências de edificações pré-moldadas no Brasil, nos galpões de serviços gerais (SGs) (FORTHMANN, 1970; SILVA, 2020). O local também foi palco da utilização do Sistema de Arquitetura Industrializado em Madeira – SR2, desenvolvido por Sérgio Rodrigues, nos pavilhões OCA I e II, este último ainda existente. Palco de episódios marcantes da cultura arquitetônica e urbanística brasileira, o espaço da UnB representa também memórias centrais de luta e resistência política da história nacional. Sua importância transcende a comunidade universitária, figurando entre os sítios mais representativos da identidade da jovem capital e do centenário país.
A intenção de preservação deste fundamental acervo é ora retomada por ocasião dos estudos de revisão do Plano Diretor do Campus Darcy Ribeiro 2022/2032, coordenados pela Reitoria. Trata-se de um instrumento de planejamento e gestão territorial, arquitetônica, urbanística e paisagística, respeitados o Projeto Político-Pedagógico Institucional, o Regimento Geral e o Estatuto da Universidade de Brasília. Previu-se o tratamento específico do tema em diálogo com estudos de outros eixos, como paisagem, morfologia arquitetônica, mobilidade, conservação e gestão de recursos naturais. Os três primeiros estão sendo tratados por equipes de docentes e discentes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, dentre os quais alguns vinculados ao Grupo de Pesquisa Cidades Possíveis, que compõem a equipe do patrimônio cultural.
A proposta dessa equipe enfoca o patrimônio cultural construído, entendido como produção social permeada de processos de apropriação e subjetivação em dimensões materiais e simbólicas. O campus abriga, hoje, um conjunto de pouco mais de cem edifícios que foram construídos entre as décadas de 1960 e 2020, além de praças e espaços livres, equipamentos e mobiliário urbanos significativos, obras de arte e elementos de comunicação visual. Estão sendo levantados, atualizados, mapeados e sistematizados dados de embasamento ao Plano Diretor, a ser elaborado em 2023. São informações de localização, autoria, anos dos projetos e construções, usos formais e informais, fases de implantação, áreas construídas, números de pavimentos, partidos arquitetônicos e sistemas construtivos. Serão realizadas, ainda, avaliações preliminares do estado de conservação e da relevância cultural dos objetos em análise.
Caberá ao Plano Diretor do Campus Darcy Ribeiro uma consulta social ampla – a estudantes, técnicos, professores, prestadores de serviços, comerciantes, moradores de Brasília – sobre os significados que esses atores sociais atribuem a esses mesmos elementos, de modo a construir um entendimento comum da sua significância cultural para a memória, a identidade e a formação da Universidade de Brasília. Com isso, poderão ser estabelecidos critérios mais adequados de preservação.
Nesta etapa já é possível participar do processo contribuindo para o levantamento de informações. Não deixe de participar desta Consulta Pública, sua opinião é muito importante.
Disponível até 16 dez. 2022:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf6weDCwdZQ2rRQCWds4B1cOi2N6v-Lrs9V2bzqJbZI3V5uKA/viewform
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